O Primeiras Vinhas é um vinho marcante para o Soalheiro e para o território: como o nome indica, nasceu da primeira vinha que plantámos em 1974 numa parcela chamada Soalheiro – foi a primeira vinha contínua de Alvarinho em Melgaço e, anos mais tarde, deu o nome à nossa marca. A primeira colheita data de 2006 e marca a primeira vez em que se valorizaram as vinhas velhas no território através de um Alvarinho distinto, que partiu da maior complexidade das vinhas velhas para uma vinificação onde cerca de 15% do lote fermentou, à data, em barricas de carvalho. Foi várias vezes eleito como o melhor vinho branco em Portugal e o primeiro Vinho Verde na história a alcançar a maior distinção (Best in Show) no maior concurso de vinhos no mundo, o Decanter World Wine Awards.
Atualmente, é um motor para a conservação das vinhas velhas no território e inclui uvas provenientes de uma seleção de vinhas com mais de 30 anos do nosso Clube de Viticultores.
Colheita 2022: a inovação também passa pelos clássicos
O Primeiras Vinhas 2022 revela a maior complexidade das uvas de vinhas velhas de Alvarinho em Monção e Melgaço, tendo resultado num vinho com a elegância que sempre o caracterizou, com uma acidez crocante e corpo cheio, num equilíbrio preciso entre a jovialidade da fruta madura e a complexidade trazida pela madeira de forma quase impercetível. Versátil como acompanhamento, tem como característica consagrada pelo tempo um grande potencial de envelhecimento em garrafa.
O vinho fermenta maioritariamente em cubas de inox, com 15% do volume total fermentado em recipientes de carvalho. Nesta colheita, decidimos inovar e incorporámos mais dois recipientes de madeira na vinificação, ambos de carvalho, dividindo a pequena parte do lote em barricas usadas, num foudre e num tonel de grandes dimensões. Com esta evolução procuramos caminhar no sentido da filosofia que norteia os nossos vinhos, amplificar na adega o que o território nos dá, para melhor respeitar e sustentar a elegância e complexidade do mosto das vinhas velhas.
Um motor para a conservação das vinhas velhas em Monção e Melgaço
A vinha onde este vinho nasceu, o Soalheiro, mantém o caráter inovador e funciona como um local de estudo e aprendizagem – temos parcerias desenvolvidas com universidades e polos de inovação para prolongar no tempo as vinhas mais antigas, o que é um desafio enorme porque na nossa região os solos são muito férteis, o que faz com que as videiras corram mais, cansando-se mais cedo. O que nos parece também evidente é que quanto mais velhas, mais sábias são as videiras, melhor correm: produzem menos, mas dão uvas com um perfil diferenciado.
Temos feito um trabalho de sensibilização e partilha de conhecimento com o nosso Clube de Viticultores, paralelo à catalogação de todas as vinhas, permitindo-nos identificar as vinhas mais antigas – com mais de 30 anos – e valorizá-las com vindimas específicas, obtendo mostos que continuam a surpreender-nos. A valorização do território passa pela identificação de perfis distintos e especiais que demonstrem toda a elasticidade e singularidade do Alvarinho em Monção e Melgaço.
Soalheiro Primeiras Vinhas 2022
